OBSERVEMOS O SOL
Originalmente, o título "Observemos o Sol" é referente a um texto escrito por Jean Nicolini, onde mesmo, apresenta estudos e técnicas para observar o Sol.
Para poder analisar a evolução das manchas solares, utilizo o método de projeção (nunca observe o Sol através da ocular sem o uso adequado de filtros para observação) para poder observas suas manchas, ou seja, o telescópio é apontado para o Sol e sua luz emitida passa pelo telescópio e é projetada em um anteparo com papel branco, sendo sua imagem projetada em toda a dimensão do papel.
Na imagem acima é possível observar o disco solar projeto no papel. Ainda nesta imagem é fácil perceber as manchas solares.
No gráfico abaixo é apresentado uma prévia das observações já realizadas.
Entre as datas do dia 01/10 a 15/10, onde encontram-se espaços em branco, são dias de chuva ou com condições climática não favoráveis para observação.
A estudo continua e os dados da observação serão postados todos os mês para acompanhamento da evolução das manchas solares.
Mas o que são as manchas solares?
Uma mancha solar
é uma região onde ocorre uma redução de temperatura e pressão das massas
gasosas no Sol, estando intimamente relacionadas ao seu campo magnético. Como o
Sol é basicamente hidrogênio em forma de plasma, sua rotação é diferenciada,
sendo de 30 dias nos pólos e 26 dias no equador. Durante a rotação, as linhas
do campo magnético comprimem-se e, por consequência, carregam o plasma junto
até a sua compressão e a liberação da energia comprimida em forma de explosões,
expulsando a matéria da fotosfera em direção das linhas, com consequente queda
de temperatura e pressão após a liberação da energia acumulada.
Mais informações para observação de manchas solares neste link: http://rea-brasil.org/solar/
E para acompanhar imagens das manchas solares acessar: http://soho.nascom.nasa.gov/sunspots/
Referências
NICOLINI, Jean. Observemos o Sol. Disponível em http://rea-brasil.org/solar/nicobsol.htm. Acesso em 16 out. 2012.
Jean Nicolini, nasceu na cidade de São Paulo em 9 de abril de 1922 e faleceu em 23 de julho de 1991. Ele foi um solitário pesquisador, dedicando 40 anos de sua vida estudando o a nossa estrela, o Sol.
Abaixo apresento um trecho do texto onde ele trata sobre o Sol:
Mas... Para que observar o Sol?... Praticamente
desconhecido dos nossos "amadores de astronomia" o Sol é, entretanto,
intensamente observado por inúmeras entidades estrangeiras (AAVSO, SAF, BAA,
AAS, etc...) que reúnem número incontável de observadores nesse setor. Por quê?
São vários os tipos de programas realizados, a contar do simples patrulhamento
de grupos e manchas, estatístico, da morfologia das manchas e grupos, de
levantamento de áreas faculares, da variação de latitude dos agrupamentos,
etc., etc., até aquelas observações que empregam instrumentos e acessórios
especializados, tais como filtros monocromáticos de variadas bandas passantes
(em "angstroms"), suscetíveis de fornecerem aspectos dos mais
variados das diversas e sempre enigmáticos regiões do Sol (cromosfera, camada
inversora (ou reversora), baixa, média e coroa exterior). Mas... Repetimos, por
que observar o Sol?!... O Sol, nossa estrela, é o astro desse tipo que mais
próximo se encontra a da Terra, de nós e o único capaz de mostrar-nos seu
disco. Isso, convenhamos, diz tudo. Estudando o Sol temos ao alcance do nosso
pequeno instrumento as grandes linhas do comportamento de um dos astros que
constituem o grande alvo da moderna astrofísica. Este, contudo, tem que se
voltar para os pontos não são mais do que isso -- representados pelas estrelas!
. Por essa razão é que aberturas ópticas cada vez maiores fazem-se necessárias,
indispensáveis, quando não se recorre a outras técnicas algo mais
sofisticadas... Poderíamos acrescentar, ainda, que o trabalho deve ser noturno...
Nossa estrela proporciona-nos, mesmo quando
observada através de modestos meios ópticos, apreciável conjunto de fenômenos
que, quando bem acompanhados, tem condições para começar a descerrar -- de
pouco convenhamos -- o vasto véu de mistérios e enigmas que abarcam a natureza
do Sol. E se isso fazemos através de pequeno instrumento, não raro relegado ao
ostracismo, ao abandono, nada mais justo do que vermos em sua utilização senão
um motivo de contentamento pessoal, íntimo pelo fato de estarmos contribuindo
para o desenvolvimento de um trabalho útil, instrutivo e, sobretudo válido. Mas
por quê?
Simplesmente pelo fato de nós, observadores
brasileiros, estarmos situados imediatamente após o vasto vazio representado
pelo Oceano Atlântico. Mesmo observado sistematicamente por dezenas e dezenas
de observadores europeus, da Europa oriental. Ou ainda do Extremo (Japão,
Austrália...), ocorre una falha correspondente a... 45 graus de longitude abarcados
pelo referido oceano, de maneira que -- salta aos olhos isso, não poucos
fenômenos solares podem -- como de fato deixam -- escapar à observação diária
do astro do dia. Isso diz tudo.
O patrulhamento do Sol, mesmo com modesto
instrumento, permite -- se levado a sério -- preencher os vazios decorrentes e
com isso contribuir para os dados que de outra forma não poderiam ser obtidos.
A "curva de atividade undecenal", por exemplo, poderá com isso ser
melhor distribuída, elaborada.
Isso, evidentemente, diz respeito às razões
práticas, experimentais, observacionais. Há outra, talvez mais importante: a de
valor estético, de encontrar um derivativo. Não raro, ocupações noturnas
impedem que o interessado se volte para este ou aquele astro (trabalho, escola,
etc.). Alguns poucos minutos, pela manhã, à hora de almoço, no meio ou fim de
tarde, poderão, entretanto, ser dispensados e, se cercados de certos cuidados,
contribuir para melhor aproveitamento do tempo.
O fato de saber por tê-lo observado que gigantesco
agrupamento cruzando o M.C. (Meridiano Central) do Sol estará, breve,
perturbando as transmissões radiotelegráficas, ou afetando o campo magnético
terrestre, dá ao observador condições de abarcar melhor o alcance e as
dimensões do trabalho que está fazendo... Melhor ainda quando ver seu nome em
meio a uma lista de observadores que, pasme, nem sequer conhece.
Como já mencionado - o que nunca será demais
lembrar é o Sol a única estrela sucetível de revelar a observação aspectos e
comportamentos impossíveis de serem detectados em qualquer outra! Pode ser que
tais fenômenos, esses mesmos objetos de nosso estudo, ocorram até em muito
maior escala nesta, naquela ou em qualquer outro Sol que, aos milhares, aos
milhões existem nos espaços siderais. Pode ser, mas... O fato é que tais
fenômenos são observados e até com certa facilidade por nossos pequenos
instrumentos, até agora considerados "brinquedos ópticos"...! Há,
também, observatórios destinados unicamente à observação de nossa estrela, o
Sol.
Não haveria, pois, alguma razão para isso?!
(Jean Nicolini)
Início do Estudo
Neste mês de outubro iniciei minhas observações do Sol com um modesto telescópio refrator com abertura de 70 mm de diâmetro, 700 mm de distância focal, sendo a razão entre eles f/D 10 e uma ocular de 20 mm.
Na imagem acima é possível observar o disco solar projeto no papel. Ainda nesta imagem é fácil perceber as manchas solares.
No gráfico abaixo é apresentado uma prévia das observações já realizadas.
Entre as datas do dia 01/10 a 15/10, onde encontram-se espaços em branco, são dias de chuva ou com condições climática não favoráveis para observação.
A estudo continua e os dados da observação serão postados todos os mês para acompanhamento da evolução das manchas solares.
Mas o que são as manchas solares?
Fotografado com filtro especial. |
Mais informações para observação de manchas solares neste link: http://rea-brasil.org/solar/
E para acompanhar imagens das manchas solares acessar: http://soho.nascom.nasa.gov/sunspots/
Referências
NICOLINI, Jean. Observemos o Sol. Disponível em http://rea-brasil.org/solar/nicobsol.htm. Acesso em 16 out. 2012.
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