O CÉU PELOS OLHOS DA CIÊNCIA
Por Fabiane De Carli Tedesco - Jornal Sul Brasil
O físico Diego de Bastiani olha para o céu todos os dias. Não com o romantismo dos amantes, nem com a indiferença de muitos ou com a simplicidade dos leigos. O olhar de Diego é científico e é por este prisma que ensina a pequena Luna Bianca, sua filha. Agora, o chapecoense, que estudou física e pedagogia na Universidade Comunitária da Região de Chapecó (Unochapecó), se prepara para partir.Em Porto Alegre (RS), na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), foi aceito como mestrando. A astrofísica irá basear este novo momento.
Dias e noites Diego observa e faz anotações. Os asteróides, a lua, as constelações e as manchas solares são o seu deleite. Casado com uma fotógrafa, Diego tira fotos do que vê em seus telescópios. Ele faz parte de grupos de pesquisa (Grupo de Estudo em Astronomia da Unochapecó e Grupo de Estudos e Observação Astronômica Sigma Octantis), que incentivam os amadores a encontrarem o encanto da astronomia. O céu é o laboratório do físico de 26 anos, que convida os leitores a entrarem nesta viagem para as estrelas.
Voltemos ao ano de 1994, quando Diego quis olhar um eclipse e foi podado pelos pais, que acreditavam no mito de que eclipses estragam os olhos. “Ficou aquela vontade reprimida”, revela. Mas ele não desistiu. No ano de 2007, partiu para as leituras e para a observação, por conta de uma feira de ciências. No ano seguinte, adquiriu o seu primeiro telescópio, chegando mais perto das estrelas, da lua e dos planetas.
Em 10 ou 20 anos, Diego se imagina em uma sala de aula, ensinando o que aprendeu ao longo dos vários anos de estudo. “Há um problema muito grande na astronomia no Brasil. Para trabalhar com astronomia, não basta ser mestre. Tem que ser doutor, ter muitas publicações, ser muito bom. Há ainda a ‘dedocracia’ no País, onde há pouco campo e muita disputa. Além disto, há poucos observatórios. É difícil entrar neste ramo.E quanto à questão salarial, vale mais a pena se tornar professor.”
A área que Diego escolheu encanta muitas pessoas e tem a sua importância. Porém, é indicada para quem tem um pezinho na ciência. “Não basta gostar da astronomia e acreditar na astrologia, em horóscopo. Uma coisa não tem nada a ver com a outra. Até porque, o sol onde ele está, em uma constelação, não influencia em nada, ao contrário do que os astrólogos acreditam. Também não basta ler. É preciso ter o encanto e a vontade de observar o céu.Assim, os grupos de astronomia são um bom começo.”
A exemplo de Luna, muitas são as crianças que estão abertas aos estudos astronômicos, que vão além da beleza e da poesia, ao passo que as crianças não estão absorvidas demais à rotina. Além de ser poético, o céu é científico. Os motivos do nascer do sol e o porquê de todo o dia ele seguir um ciclo, são conhecimentos que estão ligados à sobrevivência do/no planeta Terra.
Os grupos de astronomia de Chapecó não se dedicam somente à pesquisa, mas à observação. “A ideia é levar o telescópio para a rua e fazer com que as pessoas conheçam, tenham um primeiro contato. Muitas pessoas, que nunca pararam para olhar a lua, têm esta chance. Elas olham uma máquina no meio da avenida e se perguntam: ‘o que estão fazendo com aquela máquina?’ Vão ver e, quando colocam o olho na ocular, ficam maravilhadas.”
Os grupos de astronomia levam esta ciência até as pessoas, nas ruas, nos bairros, nas escolas. “Daí, surge o interesse”, diz. As crianças fazem perguntas que muitos físicos jamais fizeram e motivam os integrantes a se aprofundarem ainda mais nesta missão de levar a astronomia ao grande público.
O físico Diego de Bastiani olha para o céu todos os dias. Não com o romantismo dos amantes, nem com a indiferença de muitos ou com a simplicidade dos leigos. O olhar de Diego é científico e é por este prisma que ensina a pequena Luna Bianca, sua filha. Agora, o chapecoense, que estudou física e pedagogia na Universidade Comunitária da Região de Chapecó (Unochapecó), se prepara para partir.Em Porto Alegre (RS), na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), foi aceito como mestrando. A astrofísica irá basear este novo momento.
Dias e noites Diego observa e faz anotações. Os asteróides, a lua, as constelações e as manchas solares são o seu deleite. Casado com uma fotógrafa, Diego tira fotos do que vê em seus telescópios. Ele faz parte de grupos de pesquisa (Grupo de Estudo em Astronomia da Unochapecó e Grupo de Estudos e Observação Astronômica Sigma Octantis), que incentivam os amadores a encontrarem o encanto da astronomia. O céu é o laboratório do físico de 26 anos, que convida os leitores a entrarem nesta viagem para as estrelas.
Voltemos ao ano de 1994, quando Diego quis olhar um eclipse e foi podado pelos pais, que acreditavam no mito de que eclipses estragam os olhos. “Ficou aquela vontade reprimida”, revela. Mas ele não desistiu. No ano de 2007, partiu para as leituras e para a observação, por conta de uma feira de ciências. No ano seguinte, adquiriu o seu primeiro telescópio, chegando mais perto das estrelas, da lua e dos planetas.
Em 10 ou 20 anos, Diego se imagina em uma sala de aula, ensinando o que aprendeu ao longo dos vários anos de estudo. “Há um problema muito grande na astronomia no Brasil. Para trabalhar com astronomia, não basta ser mestre. Tem que ser doutor, ter muitas publicações, ser muito bom. Há ainda a ‘dedocracia’ no País, onde há pouco campo e muita disputa. Além disto, há poucos observatórios. É difícil entrar neste ramo.E quanto à questão salarial, vale mais a pena se tornar professor.”
A área que Diego escolheu encanta muitas pessoas e tem a sua importância. Porém, é indicada para quem tem um pezinho na ciência. “Não basta gostar da astronomia e acreditar na astrologia, em horóscopo. Uma coisa não tem nada a ver com a outra. Até porque, o sol onde ele está, em uma constelação, não influencia em nada, ao contrário do que os astrólogos acreditam. Também não basta ler. É preciso ter o encanto e a vontade de observar o céu.Assim, os grupos de astronomia são um bom começo.”
A exemplo de Luna, muitas são as crianças que estão abertas aos estudos astronômicos, que vão além da beleza e da poesia, ao passo que as crianças não estão absorvidas demais à rotina. Além de ser poético, o céu é científico. Os motivos do nascer do sol e o porquê de todo o dia ele seguir um ciclo, são conhecimentos que estão ligados à sobrevivência do/no planeta Terra.
Os grupos de astronomia de Chapecó não se dedicam somente à pesquisa, mas à observação. “A ideia é levar o telescópio para a rua e fazer com que as pessoas conheçam, tenham um primeiro contato. Muitas pessoas, que nunca pararam para olhar a lua, têm esta chance. Elas olham uma máquina no meio da avenida e se perguntam: ‘o que estão fazendo com aquela máquina?’ Vão ver e, quando colocam o olho na ocular, ficam maravilhadas.”
Os grupos de astronomia levam esta ciência até as pessoas, nas ruas, nos bairros, nas escolas. “Daí, surge o interesse”, diz. As crianças fazem perguntas que muitos físicos jamais fizeram e motivam os integrantes a se aprofundarem ainda mais nesta missão de levar a astronomia ao grande público.
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